segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

FESTAS!!!

Nossa... Como o final do ano é sempre cansativo!

Amigo Secreto;

Festa da empresa;

Do seu setor;

Do setor ao lado;

Do setor que você já passou;

E ainda o que quer passar (aspirações);

Reencontro com colegas;

Jantares de final de ano;

Natal;

Decoração (no trabalho, em casa, na casa das amigas e da sogra)...

Organiza, convida, planeja, revisa, se arruma, desarruma, cansa, sorri, tira foto, dói o pé, o vestido aperta - ou curto demais ou decotado demais, prende o cabelo, solta, alisa, encrespa, deixa assim, desmancha cabelo, maquia, retoca, sua... E ainda não repetir roupa!!!

AFFF

Haja energia e dinheiro, oh céus! Mas isso fica muito pior quando vc não está em boa forma... Tsc-tsc-tsc, gordinha sua mais, os vestidos normalmente não são confortáveis... E falando nisso, como é difícil encontrar uma roupa pra gordinha! Mas uma roupa decente, que não nos deixe com aparência de estar vestindo uma capinha de botijão de gás, e muito menos que pareça que compramos um vestido com numeração menor do que a indicada...

Vestido: Preto, nem muito curto nem muito comprido; nem aberto demais, nem muito fechado (se não morro de calor); tecido encorpado, mas não muito, mas também não pode ser muito molinho... Afinal, o que tem por debaixo do vestido também está “molinho”....

Saia: preta, nem muito curta nem abaixo do joelho, se apertar (principalmente a barriga) melhor, mas não pode estrangular, se não as “bordas” crescem!

Calça + blusa: combinação mais usual, afinal a gente aperta tudo na calça e deixa sobrar (tecido) na blusa, combinação perfeita, mas nada sexy!

Cinta modeladora: a invenção para as gordinhas... Deixa uma cinturinha... Aperta tudinho, seja feliz, sem medo! Mas... é quente, muito quente!!! E depois que vc usa o banheiro pela primeira vez ela nunca mais ficará como era antes... Que trabalheira para tirar... Praticamente um trabalho de parto, inspira e empurra, afinal toda a gordinha sua... E sua muito, então tudo fica mais difícil de tirar!

Mas tudo bem, temos que enfrentar isso a toda hora e principalmente aos finais de ano.

Tá, e por fim sejamos razoáveis: não me venham com aquele papinho de que “eu gosto da minha forma física e por isso uso roupas justas, não tenho vergonha”... Falsidade à vista, lógico que tem! Ninguém quer ficar parecendo um salame embutido de pernas e com vestido de festa! O que acontece é que elas ficam repetindo isso para se convencerem; e se conseguirem convencer alguém junto, nossa, que felicidade! É puro marketing, propaganda é a alma do negócio!

Não estou dizendo com isso que todas as gordinhas são infelizes ou que realmente não gostem das suas curvas, muito pelo contrário! Conheço várias e nessas eu realmente acredito. Vestem-se com moderação, adequadamente à estação e forma física. A diferença é que não tentam parecerem magras, não se vestem com roupinha da moda: nunca vestiriam uma calça saruel, por exemplo. E isso dá credibilidade, não tentam ser uma coisa que não são.

Bom, como não podemos apenas sorrir, agradecer aos convites, dirigir até em casa e simplesmente relaxar, tudo isso faz parte, vida social é importante e pode ser muito gostoso!

Encontrar os amigos, ex-amigos, amigos afastados, encontrar os colegas sem ter que falar de problemas de trabalho, poder confraternizar, deixá-los que te vejam sem o stress do dia-a-dia - o que já nos faz parecermos mais bonitas!

E o que vamos levar disso tudo? As amizades! Os verdadeiros amigos resistem ao tempo, resistem a um dia de mau-humor, ou ao esquecimento de um aniversário... E quando pensamos que estamos sozinhos, a quem recorremos? A eles, os amigos, os verdadeiros, sejam gordos, obesos, magros, mal-humorados, sarados, não importa!

Muitos deles foram conquistados, adquiridos, mantidos em festas de final de ano!

Então, vamos às nossas!

Boas Festas! Bons amigos! Aproveitem cada segundo e divirtam-se!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Espelho, espelho meu!

Onde estão os espelhos?

Gente as vezes tenho a impressão que estamos vivendo numa época que as mães/filhas/namoradas/namorados/tias... não são mais sinceras com aquela pergunta básica “tá bom assim?”

Você já reparou no que esta “a solta” nas ruas? Uma total falta de bom senso! Como diz o RA do Mal, não basta ser gordinha, tem que ser caco! Esta definição serve como uma luva, vamos falar a verdade, se a pessoa já é gordinha, melhor mesmo é se vestir mais adequada, digamos assim, ao seu tamanho!

Querem exemplos?

Calça Saruel – PQP, não existe nada de pior gosto atualmente! Nem a minha cunhada que é magérrima fica bonita com aquele tipo de calça, e me perdoem os entendidos, podem me chamar de brega, mas parece que é uma calça que esconde uma fralda geriátrica, mas não são só as mulheres... ainda esta semana vi na TV aberta um pagodeiro de saruel, sim pagodeiro e ainda as mulheres histéricas gritavam LINDO em coro para ele, e ele lá passinho-pra-frente-passinho-pra-trás, fingindo tocar algum instrumento musical!

Fala a verdade, como diz o Junior Becker não há tesão que resista ver uma gordinha de saruel, a bunda (que geralmente já é grande) fica imensa, com a sobra de pano, faz volume e aumenta (mais ainda) o quadril, normalmente se usa com uma rasteirinha (muito confortável mas nada atraente), acaba achatando a silhueta! Jesus!

Fala a verdade Saruel é o fim! É o top5 da lista! Vamos lançar a campanha: Saruel, nem pensar! Divulgue!

Calça saint tropez – fica linda no corpo de quem esta em forma, mas do contrário só faz aumentar os anos de azar que temos aos nos depararmos com os “cofrinhos” a mostra por ae, Jesus! Além dos cofrinhos tem as “bordas”, você até pode escolher o tipo de queijo da borda (catupiry, cheddar, 4 queijos), a calça aperta no quadril e faz sobrar um volume nada atraente, principalmente quando se esta com uma mini-blusa ou blusinha justinha, revelando até o que você não tem (ainda!).

E o caminhar, nossa quanta elegância, as calcas geralmente megaapertadas, fazem com que as meninas caminhem como patas, girando o quadris a cada passo, no mínimo uns 40º, com certeza terão problemas na lombar, mais cedo ou mais tarde, isso é fato!

Normalmente neste tipo de calça sobra alguma coisa, quando não é a borda (lateral) é a barriga, céus, somos todos os dias obrigados a ver barrigas flácidas e estrientas de fora e as proprietárias se achando as tchutchucas, o que isso minha gente?!

Cores – palavra delicada, quando se diz para fazer um composé, não significa que temos que nos vestir dos pés à cabeça da mesma cor, variando as tonalidades! Gente já somos pontos de referência, não precisa virar piada (o que é um ponto amarelo gigante dobrando a esquina? É a fulana indo trabalhar!).

Eu visto nº 38 – aham, senta lá! Fala a verdade, ou você já ouviu isso ou já te comentaram que alguém falou... A pessoa tem um quadris generoso, coxas grossas e ainda assim diz que veste 38, dáonde?

Tão mais bonito assumir seu tamanho, e assumindo poderá até servir como incentivo para uma mudança de hábitos, afinal todas as mulheres (e homens também) tem noção de que tipo de corpo cabe num modelo 38.

Sapatos – ADORO! Tenho muitos pares e de várias cores, mas todos confortáveis, procuro unir 3 pontos: conforto + beleza + preço, quando encontro um exemplar que contemple esta tríade, perfeito, é o céu!

Mas quantas vezes você já não viu uma gordinha caminhando como se estivesse com dois tijolos nos pés? Pensando bem... nem precisa ser gordinha, qualquer mulher que não saiba equilibrar-se em cima de um salto alto, perde todo o glamour!

As melissas estão supernamoda, acho interessante e exótico, e não tenho nenhuma, mas existe algumas pelas calçadas por aí, que nossa, a gente vê na cara da coitada que ela esta sofrendo, mas em nome de “estar na moda” elas se sacrificam, como se diz lá em casa: “tudo te é permitido, mas nem tudo de convém!” Reflita!

Será que sou radical? Preconceituosa? Não me julgo assim... é que felizmente tenho espelho em casa e uma mãe que me responde com sinceridade àquela perguntinha... “ta bom assim?” Sim a minha mãe é supersincera e não deixa o amor-de-mãe cegar-lhe, ainda bem! Ah e tem meu namorado também que é tão sincero que as vezes confunde com a falta de filtro! Melhor assim!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

HISTÓRIAS DE ACADEMIA II

Continuando...

Amigo-da-academia – são aquelas pessoas que passam, religiosamente, 2 horas no mínimo, na academia, mas saem menos suadas do que chegaram. Sua função não é exatamente malhar, mas elas ajudam os amigos a puxar ferro, auxiliam com as anilhas, conversam com os instrutores, paqueram, marcam festas, mas malhar, isso é difícil, mas cumprem todo o ritual e pagam a mensalidade, então, mais um ponto de vantagem para a academia!

Sadol-Chuck-Norris (by OPN) – Putz o cara se matricula na academia na segunda e na quarta (da mesma semana) já esta de camiseta cavada. Sim, é a visão do inferno!

Ele geralmente acha que puxa mais ferro e é mais foda que todos ali, na semana seguinte ele já se mete no seu treino para dar palpite (“quem te perguntou” você pensa!)

E claro como ele quer (e já se acha) grandão ele só malha os membros superiores, bíceps, tríceps, peitoral, costas, remo... mas perna que é bom (para ter um visual uniforme) eles acham que é coisa de “mulher”!

A síndrome se torna crônica quando eles não tiram mais a camiseta regata nem para ir para a balada e ficam o tempo todo fazendo pose de forte, se possível de braços cruzados com as mãos nas axilas (o que aumenta o bracinho da criança)!

Ratazanas-de-malha – vocês estão se perguntando o que seria uma ratazana? Bom a definição vem da minha sogrinha, que chama as “outras” de ratazanas, mas não são quaisquer outras, são as que apresentam certo risco, ou um grande risco à comunidade masculina comprometida.

Pessoal, eu prometo solenemente que ao me tornar magra (ou ex-gorda) nunca, jamais, em hipótese nenhuma, eu colocarei macacão de malha para malhar, seja para puxar ferro, para fazer aula de RPM ou JUMP, nunca, n-u-n-q-u-i-n-h-a, seja de qualquer cor, nunca usarei um macacão! Pronto, assumi um compromisso publico e estou bem mais aliviada!

Estas “ratazanas” muito provavelmente são ex-gordinhas, que ao se verem dentro de um macacão de malha apaixonam-se por elas mesmas, e como o amor é um sentimento entorpecente, elas perderam a noção do bom gosto. Ou é isso ou elas podem ser atuais “fofinhas”, isso quer dizer que a vida toda foram magras, esguias, esbeltas e podiam sem dúvida, usar qualquer tipo de roupa que lhes caía muito bem, mas alguma coisa aconteceu, com seus apetites, hormônios,que as fizeram aumentar na balança mas elas não trocaram o “enxoval” da academia, e sem ter qualquer conjuntinho bermuda-camiseta se viram obrigadas a passar por ridículas indo na academia de macacão, ou ainda leggin + top. Jesus Cristinho.

Coitadas, elas não sabem, mas atrapalham o bom andamento das aulas, tem uma na minha aula de RPM e eu não consigo prestar atenção no professor... é mais forte do que eu, simplesmente meu olhos desviam para “aquele ser” que quase precisa de uma outra bike, nossa senhora!

Outra situação difícil é escolher a aula a se fazer... Por que não inventam uma modalidade de alta perda calórica sem muito esforço? Essa pessoa, este inventor ficaria rico!

E claro, não podemos esquecer-nos de como é difícil se manter na academia, eu mesma já utilizei vários subterfúgios... Academia perto de casa, longe de casa, perto do trabalho, ir ao meio dia, pagar anual, pagar semestral, fazer exercícios em casa... Nada disso... Hoje eu desligo o “penso” e simplesmente dirijo até a academia, depois do trabalho. Escolhi pelo ambiente e também pela flexibilidade de horários das aulas. Quando me dou conta, estou lá, me “fardando”, e indo em direção à aula - atualmente RPM - acredito que seja a aula que tem menos “exposição da figura”, pois ficamos no escuro e em cima de bikes, nada de pular numa caminha de elástico desafiando a lei da gravidade - e ela (a lei) fazendo questão de mostrar o seu poder - tão pouco correndo em círculos como ratos de laboratórios desatinados, para um lado, para o outro, pára, deita, abdominal, braço, levanta, corre, discorre, vai-vem, entra-sai... Só escrever já cansa...

Caminhada é coisa de gorda, corrida é coisa de louco, que diga a Juliane Oliveira que acorda todos os dias às 5h da manhã para correr, vai dizer, muito doida!

Pilates é coisa de magro, Yoga é coisa de Zen.

O mais engraçado disso tudo são as companhias da academia, eu tenho uma de fé: Paty, minha chefe (acho que ela cansou de ter uma gordinha na equipe e está se empenhando em me emagracer)! Hahaha... Ela é muito de fé, deixa a bunda doer (a bunda dói mesmo na bike), deixa a cerveja esperar e os amigos no bar... Vamos pra aula, pode estar virada de festa, ela é inspiradora, e com toda esta motivação tentamos “arrastar” outras pessoas (para se exercitar), mas elas infelizmente não passam de uma aula... Liandra Buck foi a primeira (na antiga academia) depois a Cris Duarte, ah mais esta é tão enrolada, que compreendemos, depois foi a Manuela Schmidt, primeira e última semana de academia, Luciana Cunha, na bike, eu do seu lado me matando de pedalar e ela “passeando no gasômetro, iniciantes aposentadas. E embora não estejam na mesma academia ou aula que eu, pude presenciar (um dia pelo menos) a motivação de Juliane Moutinho e Fabiana Paz... Vamos lá gurias, o verão esta cada vez mais perto e o importante é não desistir jamais! Só falta eu cruzar com a Caroline Tolotti numa aula do meio dia... Mas deixa, que uma hora destas acontece!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

HISTÓRIAS DE ACADEMIA I

Este é um capítulo fundamental para qualquer gordinha e, claro, para aquelas que desejam (como eu) deixar de ser.

Nunca fui avessa às academias, muito pelo contrário, sempre simpatizei. Minha peregrinação começou logo quando decidi que não queria mais se ponto de referência nos locais (sim, tem lugar para sentar ao lado da gorda ali, de vermelho, de preto, de rosa, não importava a cor mas sim o “tamanho” da criatura!).

Por isso decidi dedicar a este assunto um capítulo à parte!

Nas academias você encontra de tudo, ou como diz uma amiga minha, “de um tudo”. E embora as academias mudem seu perfil de um bairro para o outro, os personagens permanecem quase que irretocáveis... Querem ver?

Gordinho-que-se-acha-forte – sim, eles confundem massa gorda com massa muscular, quando esta confusão não acontece com a massa cinzenta também... Compram as camisetas em um número menor, ficando toda justa, ao sentar-se ficam puxando a frente da camiseta para que ela pare de marcar as curvas do abdômen (do tanque de barriga), mas se alguém os vê malhando de verdade, por favor avise, fotografem... Na realidade, estes são os “camaradas” da academia, alegram o ambiente, são amigos dos instrutores (conversam o tempo todo) e para as academias é interessante mantê-los lá dentro, afinal as gordinhas como eu não ficariam à vontade sem nenhum par da “espécie”!

Instrutor-que-se-acha – bom, TODAS as academias tem... lembro-me bem de um, este um em especial, nunca gostei daquele narcisismo necessário dos movimentos da musculação, em que o espelho é metade do sucesso das repetições, serve para controlar a postura...

Mas existem os “exemplares” que ficam quase tendo orgasmos ao se olharem, ficam fascinados pelos seus músculos trabalhando (êcs), eu nunca gostei disso! Queria ser o mais discreta possível, se pudesse, invisível, mas com todo aquele peso, nem Tom Cruise conseguiria em Missão Impossível...Bom, cheguei para o Instrutor (o tal) e disse que odiava o narcisimo besta de quem fica o dia todo na academia e coisa e tal, e tal e coisa... ele me olhou com sangue nos olhos e me colocou no transport (aparelho que simula caminhada, com peso) no peso 3 por 45 minutos (AFF, Jesus!). Como eu já disse antes, sou movida por desafios e aquele instrutor me desafiou, me desafiou sério. Desafio aceito! De longe ele me observava; o sangue nos olhos fora substituído por um incrível sentimento de deleite, mas eu seguia, minhas pernas pesavam mais do que meu corpo todo, minha coluna doía, mas eu não ia me entregar, definitivamente, fui feita para grandes batalhas e não para breves guerras! Ao final dos 45 minutos (os mais longos de todos da minha vida) eu desci do aparelho, ou melhor, tentei descer, mas as minhas pernas já tinham ido para casa mais cedo, e aquelas que ficaram no lugar, definitivamente não me obedeciam. Mas ao contrário do que muitos podem estar pensando, que eu não voltaria lá, desta vez, amigos, vocês se enganaram! Voltei e registrei uma reclamação oficial, afinal não conseguia caminhar direito, atrapalhando além do meu sono e da minha rotina, o meu trabalho... Como eu poderia visitar um cliente com uma postura de uma pessoa de 93 anos, curvada, de pernas abertas e gemendo de dor? Nem pensar!

Não sei se fora por minha causa, ou se ele fez isso com outras pessoas, mas na semana seguinte, já recuperada, ao voltar à academia, ele já não estava mais em seu posto, obviamente fui perguntar por ele, e sim tive a confirmação, “ele não esta mais no quadro de instrutores”...

Que sensação boa! Quase como comer um mousse de chocolate após um mês de jejum de doce! Simplesmente deliciosa é a vingança, hummmmmmmmm!

Continua...

domingo, 21 de novembro de 2010

Recomeçando!

Mas como o verão é curto, né? Nossa!

As vezes dou graças pelo verão ter acabado, afinal toda gordelícia que se preze tem que gostar mais do inverno do que do verão.

Claro, pois motivos não faltam, enquanto as magras dizem que ah! O verão! Para as gordinhas é um pouco mais complicado! Inverno ninguém fede (caatinga) somente, e no máximo, a naftalina, mas no sol já some, se tiver com frio basta tomar algo quente (café, leite, chá, chimarrão) ou dar um volta na quadra caminhando um pouco mais rápido que o frio passa... mas como fazer para o calor do verão passar? Ainda mais com peso extra? Hein, já pensou? Não poder colocar uma saia, ou vestido, blusa cavada ou de alcinha? E as cores? Quais as cores mais comuns no roupeiro de uma gordinha? Preto, claro, sempre básico! Mas e no calor, como faz? É difícil né? Acho que por isso compensamos na comida, é uma espécie de vingança misturada com autoflagelo.

Mas o verão acabou e minhas férias sem balanças e fitas métricas havia se acabado e com ele a recuperação dos quilos perdidos antes... e agora?

Recomeçar, fazer o que? Não tenho vergonha de começar (ou recomeçar) de novo, ficaria mal comigo mesmo no momento que desistisse (não penso que isso possa acontecer algum dia), o problema é que além do apetite voraz, eu tenho pressa!

Sempre!

Tudo é para agora, já, neste momento! Parece coisa de menina mimada (as vezes até é) mas na maior parte do tempo isso se chama determinação, não consigo ficar esperando por algo... vou lá e faço e ponto!

E agora? Como achar um médico...

Indicação, novamente, outras histórias, outros exemplos, outras pessoas, outros medicamentos...

Peguei com uma amiga e liguei, para minha felicidade, tinha agenda para aquela semana, no dia seguinte, que momento!

No outro dia estava lá, cheia de expectativas, cheia de si, muitas histórias e todo o meu histórico, e o meu peso!

De novo, pesa, mede, aperta, e neste tinha que tirar a calça para medir o pôpô (que vergonha do Varti como diz a piada)!

Mais uma consulta “salgada” (para não dizer pesada), mais medicamentos, cremes e tals!

Era ótimo, bem mais perto do que o último médico, o médico tinha um papo legal, conversava sobre outras coisas e não me olhava como se eu tivesse um monstro dentro de mim e não me encarava como uma doente, mas como uma obesa (odeio esta palavra), e isso era bom por um lado, levantava minha auto-estima e a cada consulta saia confiante, ate que o dia... a balança não cedeu mais... e no outro mês, também não L

Desespero

Decepção

Desilusão

Fim do túnel? Nada disso... disse que sou determinada e sou mesmo! Me orgulho disso...

Bôra ligar o botão “penso” da caxola que vamos ter que mudar de estratégia, e é agora!

Escrevi um email para meu médico, agradecendo e me despedindo, mas eu queria alçar outros vôos, queria novos destinos, queria mais, queria chegar no fim da viagem ou pelo menos passar da metade do caminho sem voltar para trás!

Tchau e Benção Dr.

Partiu!

sábado, 20 de novembro de 2010

Por onde começar?

Primeiro, depois de todas as tentativas (citadas no texto anterior) não poderia ser qualquer médico, com uma dietinha impressa colorida em folha A4 dividindo grupos de alimentos por cores... me poupe, eu queria muito mais... eu queria drogas (leia-se remédios para emagrecer, para ansiedade e tals), drogas pesadas!!!

Decidi por uma indicação... vamos embora, se deu certo com outras pessoas, dará certo comigo... Voei as tranças para um médico, especialista em obesidade (como eu odeio esta palavra) paguei a consulta (nada em conta) e assisti um vídeo que em outras palavras me dizia que eu tinha um monstro dentro de mim, e que eu deveria lutar contra ele todos os dias... quando eu sentisse fome, era na realidade este monstro que se abriga nas minhas entranhas...Sim, assustador!

Mas eu sou motivada por metas, mas principalmente por desafios... para mim aquilo soou, depois de um tempo, como um motivador, uma coisa tipo Cavaleiros de Jedi versus Monstro do esôfago... vesti minha armadura e cimbora para ver o que o Dr. Tinha para me dizer.

Bôra lá!

Saí faceira da vida... minha primeira receita azul controlada (nossa!), quanta emoção, preferi não ligar para a farmácia... queria que a farmacêutica olhasse no meu olho e visse que sim, eu tinha uma receita azul, e era quente, legítima!!!

Bom, com a olhada da farmacêutica decidi que nos próximos meses ligaria (tele é mais frio e impessoal), na real o olhar da farmacêutica disse “Obesa” uiiii como odeio esta palavra!

Como todo o começo (de qualquer coisa, de namoro, de dieta, de caderno, de inicio do ano) a coisa tava no seu lugar, eu levantava nos horários certos para as refeições, até no domingo (imaginem este momento), programei meu celular para os horários das refeições, dos medicamentos, enfim tudo organizado, mas ao final do mês nem a minha família nem a família do meu namorado suportavam meu celular, todos, inclusive eu, tínhamos o desejo de atirar aquele aparelho infernal na parede... mas estava dando tudo certo... primeiro mês: - 4 kg (eu queria mais) mas era um bom score.

Eu tentava me convencer com o devagar e sempre, mas lá no meu íntimo eu queria sair para um final de semana e ao voltar ao trabalho, as pessoas me olhassem e não me reconhecesse, queria que ficassem preocupadas comigo “ta doente?” nossa isso seria orgástico!

Bom, mas não é assim que funciona, segui na dieta, e enfrentando meu Monstro!

E foi assim ate diminuir 8 kg, é OITO Quilos, nossa, pode se impressionar, em 4 meses, mas sério, eu não agüentava mais pagar um dinheirão para só ir no médico pegar a famigerada receita azul, mas a minha disfunção erétil (brochura) total foi quando levei a minha mãe, e ele, inocentemente, receitou a mesmíssima coisa para ela... a mesma dieta, os mesmos exercícios, o mesmo vídeo, e o mesmo medicamento, foi a gota’agua, oh céus, fiz um teste e o médico caiu no conto... rodou! Perdeu!

Não voltei lá, e já era Dezembro, inicio de festas e férias... adivinha se não me atirei às delícias e orgias gastronômicas? Certo que sim!!!

Ê...laia e cedi aos encantos do meu monstro e fui feliz naquele verão, sem pontos, códigos, medidas e sem máquina fotográfica (lógico)!!!! Eu e o meu monstro!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Retrô!

Não me lembro muito bem quando comecei a fazer dieta na minha vida, nem sei muito bem de quando as “gordurinhas” começaram a me incomodar de verdade, o que me lembro é que desde a minha mais remota lembrança, me vejo, fazendo dietas, da sopa, do ovo, da banana-ovo-cenoura, shakes, pontos, lua, sol, do arroz, signo, tipo sanguíneo, de livros e de internet, simpatias, até “curandeiro” imaginem a cena... iniciativas muitas vezes vindas da minha mãe, também responsável pelas “gordura genética” e acredito que tantos investimentos para solucionar este “problema” deve-se ao peso (literal) na consciência, afinal a tendência vem de família, da dela... mas tudo bem mama, não foi a genética que me lotava de comida... e sim eu mesma!

Nunca tive maiores problemas, no campo afetivo, por causa das “curvas extras”, sempre e como toda gordinha fui uma pessoa bem-humorada, animada, engraçada, claro pois quem come o que quer e na hora que tem vontade, como pode não ser feliz, é só o que resta, fazer a digestão e ser feliz!

E digo, minha alegria sempre foi contagiante, acho que atraia coisas e pessoas boas para minha volta.

Mas sabe como são as mulheres... ou pelo menos tem uma vaga ideia do que norteia e permeia os pensamentos desses seres tão complicados... as crises começaram a ficar cada vez mais próximas, até que não aceitava mais as minhas curvas generosas... e o que mais em irritava, eram sim os comentários...

“mas Você não tem uma gordura feia” (imagina nunca achei nenhum tipo de gordura bonita... afinal quem ama o feio, deve ser cego),

“que pena né, ela tem um rosto tão bonito” (este era o pior), ou ainda,

“tão bonita mas gordinha né?!” PÔ-XA não da para ser as duas coisas?

Na sabedoria machista e popular existem as pérolas:

“gordinha, sim pego fácil, desde que, não tenha a barriga maior que os peitos E

não tenha a cintura maior que a bunda, de resto, topo todas! (OPN)

“Para comer gordinha fica valendo a lei do menor esforço, o 22!” (RA do Mal)

Enfim, por estas e outras, que decidi não chegar aos 30 com peso extra e resolvi dar um basta definitivo! A guerra estava declarada!

Uma decisão bastante dolorosa, que alteraria minha rotina, minhas amizades, minhas comemorações e manifestações de carinho e afeto, mas eu estava determinada a colocar um fim, um ponto final às curvas indesejadas e me dar a oportunidade de poder tirar a saída de banho na piscina, me dar oportunidade de não ficar somente com os joelhos e canelas bronzeadas e sim o corpo inteiro, queria mais... eu queria marquinha de biquíni, queria caminhar à beira-mar sem voltar pra casa e ter que passar hiploglos nas coxas, queria vestido branco no reveillon, e poder comer somente um docinho e se sentir satisfeita, como uma pessoa normal e não comer uma bandeja ou voltar pra casa pensando no que tinha na geladeira deliciosa da minha mãe.

Tudo isso foi pesado (hahaha), pensado e ainda assim este era meu maior desejo!

Lá vamos Nós!