segunda-feira, 22 de novembro de 2010

HISTÓRIAS DE ACADEMIA I

Este é um capítulo fundamental para qualquer gordinha e, claro, para aquelas que desejam (como eu) deixar de ser.

Nunca fui avessa às academias, muito pelo contrário, sempre simpatizei. Minha peregrinação começou logo quando decidi que não queria mais se ponto de referência nos locais (sim, tem lugar para sentar ao lado da gorda ali, de vermelho, de preto, de rosa, não importava a cor mas sim o “tamanho” da criatura!).

Por isso decidi dedicar a este assunto um capítulo à parte!

Nas academias você encontra de tudo, ou como diz uma amiga minha, “de um tudo”. E embora as academias mudem seu perfil de um bairro para o outro, os personagens permanecem quase que irretocáveis... Querem ver?

Gordinho-que-se-acha-forte – sim, eles confundem massa gorda com massa muscular, quando esta confusão não acontece com a massa cinzenta também... Compram as camisetas em um número menor, ficando toda justa, ao sentar-se ficam puxando a frente da camiseta para que ela pare de marcar as curvas do abdômen (do tanque de barriga), mas se alguém os vê malhando de verdade, por favor avise, fotografem... Na realidade, estes são os “camaradas” da academia, alegram o ambiente, são amigos dos instrutores (conversam o tempo todo) e para as academias é interessante mantê-los lá dentro, afinal as gordinhas como eu não ficariam à vontade sem nenhum par da “espécie”!

Instrutor-que-se-acha – bom, TODAS as academias tem... lembro-me bem de um, este um em especial, nunca gostei daquele narcisismo necessário dos movimentos da musculação, em que o espelho é metade do sucesso das repetições, serve para controlar a postura...

Mas existem os “exemplares” que ficam quase tendo orgasmos ao se olharem, ficam fascinados pelos seus músculos trabalhando (êcs), eu nunca gostei disso! Queria ser o mais discreta possível, se pudesse, invisível, mas com todo aquele peso, nem Tom Cruise conseguiria em Missão Impossível...Bom, cheguei para o Instrutor (o tal) e disse que odiava o narcisimo besta de quem fica o dia todo na academia e coisa e tal, e tal e coisa... ele me olhou com sangue nos olhos e me colocou no transport (aparelho que simula caminhada, com peso) no peso 3 por 45 minutos (AFF, Jesus!). Como eu já disse antes, sou movida por desafios e aquele instrutor me desafiou, me desafiou sério. Desafio aceito! De longe ele me observava; o sangue nos olhos fora substituído por um incrível sentimento de deleite, mas eu seguia, minhas pernas pesavam mais do que meu corpo todo, minha coluna doía, mas eu não ia me entregar, definitivamente, fui feita para grandes batalhas e não para breves guerras! Ao final dos 45 minutos (os mais longos de todos da minha vida) eu desci do aparelho, ou melhor, tentei descer, mas as minhas pernas já tinham ido para casa mais cedo, e aquelas que ficaram no lugar, definitivamente não me obedeciam. Mas ao contrário do que muitos podem estar pensando, que eu não voltaria lá, desta vez, amigos, vocês se enganaram! Voltei e registrei uma reclamação oficial, afinal não conseguia caminhar direito, atrapalhando além do meu sono e da minha rotina, o meu trabalho... Como eu poderia visitar um cliente com uma postura de uma pessoa de 93 anos, curvada, de pernas abertas e gemendo de dor? Nem pensar!

Não sei se fora por minha causa, ou se ele fez isso com outras pessoas, mas na semana seguinte, já recuperada, ao voltar à academia, ele já não estava mais em seu posto, obviamente fui perguntar por ele, e sim tive a confirmação, “ele não esta mais no quadro de instrutores”...

Que sensação boa! Quase como comer um mousse de chocolate após um mês de jejum de doce! Simplesmente deliciosa é a vingança, hummmmmmmmm!

Continua...

2 comentários:

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  2. Segundo o mestre Sapo, grande InstruTOAD da Academia Central Corpo, "não adianta ser grande: tem que ser definido, senão tu é GORDO!", hahahaha!

    Beijo!
    OPN!

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