quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Retrô!

Não me lembro muito bem quando comecei a fazer dieta na minha vida, nem sei muito bem de quando as “gordurinhas” começaram a me incomodar de verdade, o que me lembro é que desde a minha mais remota lembrança, me vejo, fazendo dietas, da sopa, do ovo, da banana-ovo-cenoura, shakes, pontos, lua, sol, do arroz, signo, tipo sanguíneo, de livros e de internet, simpatias, até “curandeiro” imaginem a cena... iniciativas muitas vezes vindas da minha mãe, também responsável pelas “gordura genética” e acredito que tantos investimentos para solucionar este “problema” deve-se ao peso (literal) na consciência, afinal a tendência vem de família, da dela... mas tudo bem mama, não foi a genética que me lotava de comida... e sim eu mesma!

Nunca tive maiores problemas, no campo afetivo, por causa das “curvas extras”, sempre e como toda gordinha fui uma pessoa bem-humorada, animada, engraçada, claro pois quem come o que quer e na hora que tem vontade, como pode não ser feliz, é só o que resta, fazer a digestão e ser feliz!

E digo, minha alegria sempre foi contagiante, acho que atraia coisas e pessoas boas para minha volta.

Mas sabe como são as mulheres... ou pelo menos tem uma vaga ideia do que norteia e permeia os pensamentos desses seres tão complicados... as crises começaram a ficar cada vez mais próximas, até que não aceitava mais as minhas curvas generosas... e o que mais em irritava, eram sim os comentários...

“mas Você não tem uma gordura feia” (imagina nunca achei nenhum tipo de gordura bonita... afinal quem ama o feio, deve ser cego),

“que pena né, ela tem um rosto tão bonito” (este era o pior), ou ainda,

“tão bonita mas gordinha né?!” PÔ-XA não da para ser as duas coisas?

Na sabedoria machista e popular existem as pérolas:

“gordinha, sim pego fácil, desde que, não tenha a barriga maior que os peitos E

não tenha a cintura maior que a bunda, de resto, topo todas! (OPN)

“Para comer gordinha fica valendo a lei do menor esforço, o 22!” (RA do Mal)

Enfim, por estas e outras, que decidi não chegar aos 30 com peso extra e resolvi dar um basta definitivo! A guerra estava declarada!

Uma decisão bastante dolorosa, que alteraria minha rotina, minhas amizades, minhas comemorações e manifestações de carinho e afeto, mas eu estava determinada a colocar um fim, um ponto final às curvas indesejadas e me dar a oportunidade de poder tirar a saída de banho na piscina, me dar oportunidade de não ficar somente com os joelhos e canelas bronzeadas e sim o corpo inteiro, queria mais... eu queria marquinha de biquíni, queria caminhar à beira-mar sem voltar pra casa e ter que passar hiploglos nas coxas, queria vestido branco no reveillon, e poder comer somente um docinho e se sentir satisfeita, como uma pessoa normal e não comer uma bandeja ou voltar pra casa pensando no que tinha na geladeira deliciosa da minha mãe.

Tudo isso foi pesado (hahaha), pensado e ainda assim este era meu maior desejo!

Lá vamos Nós!

2 comentários:

  1. \o>
    Adorei!!!
    Essa quero acompanhar de perto..
    E tu sabes, melhor do que ninguém, que estarei contigo nessa nova etapa!!
    AmooO

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  2. Me vi nesse texto! hehehehe sofro do mesmo mal! Adorei! Bjoo Lili

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